Longitude de vidas navegantes na seca
Ladeadas por fantasmas encardidos,
Levam carnes penduradas nos ossos doentes,
Lágrimas esturricadas, fome e suor seco.
Pés feridos, chagas, rachaduras nos calcanhares
Perambulam em falso rumo, quimeras,
Paraíso só existente nas noites desmaiadas
Pelos casebres de sapê abandonados no nada.
A secura que trinca a pele, evapora o choro
Amargura ainda mais a fome persistente
Amalgama no esqueleto a miséria teimosa.
Acabam-se os dia intermináveis sob urubus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário