segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dueto

Denoraldo:
Venha cá, essa menina,
Não se faça de difícil.
Conheço tua vida e sina
Tu já se tornou meu vício,
Sei que dançou em Cajazeira,
Já cantou em São Patrício,
Arribou para Barreiras
E hoje está pro meu bulício.


Inaura:
É não, homem
Você não vive sem ela
Eu não vivo sem você
Minha paixão valente
Agora é amor, meu bem
Verdade verde conforme
Aquela tarde dentro imensa
Estrada aberta marginal


Denoraldo:
Ela é coisa que já foi
Num existe mais nós dois
Ela é vaca sem seu boi
Sou o outro do depois
É a ti que agora quero,
Meu guaiamum com arroz,
Pra ti sou home séro
Vem pra mim, ora, pois!


Inaura:
Verdadeiro amor que amo,
Querer bem sempre não é assim?
Gostar direito com seu coração no colo
Ninar seu sentimento, minha sorte
Ser chuva serena que acorda o rio
Leva embora seu malfeito, traz a flor
E o vento fresco diz então
Vai, aventura afetuosa ser sua ela dele agora


Denoraldo:
Santo Antônio me ouviu!
Monta de pronto na garupa
Voar pra serra como o pio
De anu preto. Upa! Upa!
Nossa estrela já surgiu
Brilhosa como niuma.
Nesse brilho me avio
Nova vida se apruma

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