segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Estéril

A poesia está pendurada

No bico da caneta

Mas não quer cair.




O poema tem vertigem

E, embora feito,

Não quer descer ao papel

E me irrito com a infertilidade.




Hoje fiz o poema

Que há muito quis fazer,

Mas ele não nasce,

Não vem à luz do papel.





O papel que pariu o poema

Que se encontra feito...




A caneta guarda em si

O poema já criado...




Há um complô contra o poeta

Que acordou com a poesia pronta

Que se recusa a nascer.

Nenhum comentário: