Na calma
E na meiguice de sua voz
Perco os sentidos
E saio de mim
Para lhe velar do espaço
Inviolável de nós dois.
Abro os braços
Na esperança de depois,
Não lhe encontro
E me fecho no mundo
Onde me tranco com você,
Sem você.
Com medo de me perder
E virar um vagamundo
Em meu claustro
Procuro suas mãos
Para me guiar.
Na falta de ar
Respiro pelas suas narinas,
Lhe escrevo rimas
Para não me esquecer
De como você é poesia.
Lhe pinto na tela
Lhe retrato
Na palma da mão
Para quando perder a visão
Ter o tato de sua imagem
Gravado,Tatuado na eternidade.
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