Aquele tanto de formosura
Até feriu os olhos,
Doeu nos ossos,
Suou nas mãos,
Abriu fissura,
Botou antolhos,
Me deixou moço,
Me tirou do chão.
Aquela beleza toda
Me levou ao firmamento,
Botou quebranto,
Derreteu a pedra
Que me incomoda
O peito a dentro,
Refez o encanto
Que agora medra.
A lua de sentinela
Faz da noite dia
Dá-se nua na janela
E se espalha pelo piso.
Vejo na lua
Ela, minha amarela,
Brilho que arrepia
Com a cara num sorriso.
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