segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Lua e Ela

Aquele tanto de formosura

Até feriu os olhos,

Doeu nos ossos,

Suou nas mãos,

Abriu fissura,

Botou antolhos,

Me deixou moço,

Me tirou do chão.



Aquela beleza toda

Me levou ao firmamento,

Botou quebranto,

Derreteu a pedra

Que me incomoda

O peito a dentro,

Refez o encanto

Que agora medra.



A lua de sentinela

Faz da noite dia

Dá-se nua na janela

E se espalha pelo piso.

Vejo na lua

Ela, minha amarela,

Brilho que arrepia

Com a cara num sorriso.

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