O poeta se prende
No tema recorrente
A todos os poetas.
Forceja contra o óbvio,
Briga contra o que foi dito,
Redito, bento e maldito.
Não há poeta que não fale
De amor, paixão, dor e lua,
Que não caia na armadilha.
Quem se arriscar a escrever
Não resiste ao tema pronto,
Cede um dia ao lugar-comum.
Dura missão de tentar
Não repetir o que leu
Ou não leu, mas já existe.
O poeta resiste e não mais poder
Até dar-se por vencido
E votar a calçadas já pisadas.
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