segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Recorrência

O poeta se prende

No tema recorrente

A todos os poetas.



Forceja contra o óbvio,

Briga contra o que foi dito,

Redito, bento e maldito.



Não há poeta que não fale

De amor, paixão, dor e lua,

Que não caia na armadilha.



Quem se arriscar a escrever

Não resiste ao tema pronto,

Cede um dia ao lugar-comum.



Dura missão de tentar

Não repetir o que leu

Ou não leu, mas já existe.



O poeta resiste e não mais poder

Até dar-se por vencido

E votar a calçadas já pisadas.

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