domingo, 14 de março de 2010

Dia certo

De preto, cinza ou cor

Lanha o branco em arabescos

Latinismos, rimas e solturas

Divide o horizonte em antes e o que vem

Dá forma, desenforma, deforma

Informa que o pão é quente e cheira

A água soa na calha, queda, esparrama

O lanho escuro na folha alva

Arcos e retas, ruídos ecoam no crânio

E gritam ao papel.

Saem linhas, versos, encontros de cifras

Mais um poeta se faz do nada

Do quase nada de página e lápis.

Um comentário:

Sueli Maia (Mai) disse...

Há sempre algo entre o dia e a noite entre o ontem e o dia que virá e certamente este tempo em que escrevo, já passou.

Muito bom tê-lo encontrado e reencontrado a 'compulsão diária'.

abraços