quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Credo Sem Graça



A tarde espreguiça
Nos passos da lucidez
Que se afasta desse destino
Laçado nas nuanças
Dessa curiosidade malsã
Escondida nas saias
Nas dobras dessas moças
Na sanha
No interesse disfarçado
No sorriso amargo
Desses falsos titãs
Estacionados na ressaca
De seus lapsos
Sulcados nas esquinas
De seus discursos sem alma
Nem sentido.

Chove na praça
Ao som da ária clássica,
Passantes cedem à saga,
Senhoras vencem a insônia
Rezando seus terços de aço
Desfiam sonhos sagrados
Sem graça.
E sobre o sabre do silêncio
Faz frio
E sombras sussurram
Salvem-se

9 comentários:

Anônimo disse...

nem q
o sal
venha
temperar
a insanidade dos barões

se
sal
varão...

in
tenso
in
denso
...

Anônimo disse...

Hipnótico teu poema, querida! Traz o leitor pro meio de uma sonoridade inescapável, mais do que lindo, mais do que requintado! Beijo e arte

Anônimo disse...

Minha cara,seu blog já está add em meus favoritos.virei sempre para aprender e apreciar seu trabalho.
comecei por "Credo sem graça" e já me senti em casa e na paz!

Anônimo disse...

Música e cinema...
Deu vontade
de seguir o vento
atras d'um coreto
e de uma febre tersã

Magnífico !
baci...exite vida fora da conha !

http://joebrazuca.blogspot.com/

Anônimo disse...

Muito impressionado com suas poesias que até então desconhecia.

Beijos poéticos.

Anônimo disse...

Oi, CD
Tinha escrevido um lande legal aqui, mas num foi...rsrs
estamos acostumados com isso, né mesmo ?...rsrs
entãoagora só vai um "muito elgal, sensível e coisa e tal, pq sou seu fã, e daí num vale...rsrs"
beijo
Joe

Anônimo disse...

É lindo. Poesia perceptiva. Tem algum detalhe que me lembrou Stendhal ou Balzac, nem sei porquê, aqui na agência às 4:39 da madrugada.

Compulsão diária pra acariciar a cabeça frita.

Viva!

E tá compulsivo mesmo aqui, viu? Venho sempre, leio tudo, mas quando volto pra reler já tem uma nova! Maravilha. Toca o turbilhão fantástico.

Bêjos!

Anônimo disse...

Sombras haverão de Ajudar...sombras onde nada acontece, resvala melancolia...num pequeno lampião, a lua..traça o que a morada não quer com o chão, pois está erguida...mas sombras se repetem...e essas que nos conduz a esperar amanhãs, elas oram...e outras desaparecem, morem sem ao menos ter abismos para voar...
Beijos...beijos...amei...amei
Poeta, eu te sigo, vc é Grande!

Anônimo disse...

isso é muito bom!
Gostei daqui!