domingo, 30 de novembro de 2008

Malazarte


Flutua nos olhos,
Brilha na pele
Tua alegria que fere
Brios e zangas.

Tua infância levada
Deslizou com a serpente
Do teu tempo esticado
Teu amor pelos cavalos
Teu mar solitário
Teus sentidos amortecidos
Teus venenos purpurina
Tua coragem bêbada
De medo solto na fumaça.

De éter foi teu flerte
Tua sina de rebelde
Tua vida contra morte
Teus anjos da guarda exaustos
Teu sorriso presente.

É terna minha confiança, malazarte,
Ao ver-te rasgar tuas crises
E furar tuas dores,
Aprendo contigo
A quase morrer e voltar
Eterna criança sempre viva.

6 comentários:

Anônimo disse...

As srtr vidas se renovam e ganham força quando se recebe algo assim. Ele vai gostar.

Anônimo disse...

"Anjos da guarda exaustos". Hipertônico ou muito saudável esse menino?

Que bom poder ler você. Voltarei com mais tempo.

Anônimo disse...

Quão lindo isto é!

Anônimo disse...

Achaste a flor no asfalto? versos peraltas, caríssima! Beijo de bons dias!

Anônimo disse...

Leve e crítica, muito bonita. "anjos da guarda exaustos" é o acerto.

Que bacana (hic!).

Anônimo disse...

Queridos e queridas,
As sete vidas dele agradecem e ele vai gostar sim, Marcos meu amor!

Aglacy, vivo. vivíssimo. Saudades.

Barbara, muito, muito obrigada..

Guto, caríssimo, achei sim. E é linda, forte e delicada. Agreste!

Victor, sim. Não sei como acertam assim exaustos, mas sei que conseguem;)