segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Enquanto espero

O musgo coagulado nas fendas da calçada
E as horas escorrem pelas faixas - latitudes
Na ausência, ocos e ermos de esperança
Aqui, onde amanheço mais cedo
Espero
A bailarina aparece na tela
De lá, onde a tarde começa
Na intimidade, a alma vacila
E a vida é promessa
A conversa amena disfarça a ameaça
A hora se aproxima
Da janela, vejo a imbaúba
Árvore mãe
Abrigo da orquídea salpicada de vermelho
Sua filha
A umidade nos telhados revela
Traços de sangue no orvalho

3 comentários:

Anônimo disse...

A conversa amena disfarça a ameaça.

Haja conversa
para cada descoberta
que vive
atrás
de uma fechadura.

Anônimo disse...

A bailarina já dança.

Anônimo disse...

Que delícia ver a bailarina e o susto do orvalho vermelho escorrendo por entre as raízes... belas imagens, Bia.