É como água de madrugada
Entrando por baixo da porta:
Escorre, devagarzinho, suavemente,
Quando se dá conta
Já invadiu o ambiente.
É como cheiro da primavera
Que perfuma ruas e praças:
Não acontece da noite para a manhã,
De uma vez, abruptamente.
Cada flor ao seu tempo
Toma conta do ambiente.
Se parece com maré alta
Em loca de pedras à beira mar:
Vem de mansinho, subindo, subindo,
Quando o caranguejo percebe,
Já lotou o ambiente.
Sem os arroubos juvenis
Vem como um elefante:
Grande, forte, sereno e bonito.
Num quarto dois por dois
Ocupa todo o ambiente.
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