saracoteio feito Dalila solta
deito ao léu ou ao limbo
a feminilidade represada
abro os braços
pontas de estrelas
colo aberto céu
finjo ser ilha inteira
sou eu partida ao meio
metade dentro
metade à vista
sou parte, sou todo
mulher que não pede ou manda
sou centro e margem
espera sou miragem
sou flecha que te acerta
seta sem retorno
não sou alvo, sou dardo
não sigo, sou líder
não espero, vou atrás
sou quem manda e obedece
se naufrago e desapareço
foi mergulho de falsa fuga
foi farsa diante desse olhar
largo ameaça quando parto
nuvens fartas do orvalho
feito frase , feito mar de medo
escapo grávida, volto invulnerável, viro vulto noir
Nenhum comentário:
Postar um comentário