Subi no pedestal dos seus pés
e escalei a parede de suas pernas
numa subida íngreme e sensual
explorando cada recanto
de suas montanhas e vales.
Erguia-me instintivamente
em busca do que nunca vira,
mas sabia onde encontrar.
Sem cansaço e sem pressa
segui na jornada,
a boca secade ânsia.
De repente
sua planície vertical até então
com vagar foi deitando
e eu junto.
Após seu bosque de touceiras
tecidas desarrumadamente
viajei em busca das montanhas gêmeas
e, no cânion entre elas,
não soube que lado seguir.
Meu aríete já explorava a caverna
por ele desconhecido
(missão pouco ortodoxa para um aríete)
e nos deliciávamo
sem beijo demorado e úmido
com sabor de sexo.
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