O corpo vendával da mulher
espera o corpo comprável
de seu algoz sedento.
Mais um macho orgulhoso
porém carente
que dirá que fez amor
após o sexo mal feito.
A prostituta
portas abertas para a podridão
atravessa milênios
satisfazendo pênis pouco exigentes.
Noites seguidas
são perseguidas
pagas,
mal ou bem,
levando o esperma,
o dinheiro,
a carência,
as lágrimas dos solitários.
São generosas
em sua brutalidade.
São buracos de prazer remunerado.
São carne quente,
máquinas de sexo frio.
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