segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Puro Sangue

Na paisagem inerte
Passeia uma era
E um olhar se perde
No passo desta tarde
Imóvel como um fóssil

Um cavalo castanho
Monta em pêlo
Meu coração selvagem
E atropela o crepúsculo
Assustado pelo estranho centauro
Raçado de músculo e sentimento
Passa aos trancos
Zunindo risos no caminho

Metade é meu homem
Outra parte é ele ainda
Mais másculo
Nos cascos e coices

Galopa por uma noite
Meu peito moído pelo tempo

8 comentários:

Anônimo disse...

a galope...
salta!

Cintia home

Anônimo disse...

Poesia forte, B. Acho muito boa. Me trouxe um museu e um quadro imenso de movimento-imóvel. Força contida e sentida no contemplador, gravada na imagem - e parte-se pra uma leitura erotizada, certa forma, pelo olhar feminino.

É lindo.

Anônimo disse...

Concordo com o Victor... é poesia forte, tesa,agalopada, cingida pela paixão. Poeta, você começa 2009 com tudo, heim?

Anônimo disse...

Galopa sensual
nessa metade de homem seu
numa noite inteira sua.

Querida, não nos percamos no novo ano nem em nenhum outro.
Obrigada pelo carinho e o prazer em descobrir você, doce-sensual-poeta.

lindos dias flor
beijos

Anônimo disse...

Imagens fortíssimas, querida Bea.
Andei sumida, mas já tava com saudades.

Beijos e um excelente 2009.

Anônimo disse...

Muito forte !

beijos

Anônimo disse...

Estou parada no overmundo mas continuo fã do seu txto Cd. Feliz 2009!

Anônimo disse...

Impactante!