Jaguar domesticado - meu gato
Abana o rabo,
Boceja enfado
Sem sedução,
Um vento velho nas janelas
Vaza - sem talvez - a presença de sim e não
Da noite vazia, restos na tarde de cochilos
Flagra fatal na ilusão
Calam-se os urros do ar em flâmulas imóveis
A vida vai
A curva vem
O sono dele em vão
O tempo parou
Vou?
Fui, acabou
6 comentários:
Vai e as más impressões, as inseguranças e medos evaporar-se-ão e, por 53 anos a felicidade será plena. Depois disso, tudo será lucro.
A pedra foi mexida!!!!!
Às vezes também me pego observando meu cão. Feliz... Não precebe a rotina, nem sabe dela. Apenas vive. Nós, vivemos como nossos bichos, quando por medo, não vamos. Ficamos. E só.
Que bom saber de alguém que foi...
bjs.
Uma cena!
A rotina tem outro significado nas tuas palavras.
Abração!
Béa, caríssima, tua voz cada vez com mais força, mais própria! Gosto por extenso dos primeiros versos e da imagem de um velho vento anódina jogando o acaso à janela! Beijos de muita arte!
Teu gato te leva, eleva. bonito poema!
Postar um comentário