segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sede

Calor

Muitos graus

Sol a pino

Suor

A garganta seca

Alguém ao lado

A quem se quer bem

A hora que passa

A vontade que vem



Garganta rachada

Corpo molhado

Do ardor do dia



A resistência falha

Escora-se no espaldar

De desconfortável cadeira

E pede-se o inevitável



Ao primeiro gole

O amargo do fermento

Espanta



Mas desce rasgando

As ranhuras da sede que se vai

Aos poucos

Suavizando

Acalmando

Excitando

Abrandando a agonia



Vem a vontade de mais outra

A delícia do gelo

Faz o calor sumir

E a inquietação se esvai

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