Me bate a porta na cara
Me leva junto na marra
Mira meus olhos e escarra
Me mantém preso no muro
Me dá um grito em sussurro
Me tira o ar com um murro
Me põe insone e faminto
Me diz na cara que minto
Me dá uma sova de cinto
Me escarafuncha a alma
Me dá dois tapas de palma
Me destrói a noite calma
Me arrasta para a cama
Me esfrega a cara na lama
Me apaga e me inflama
Me leva da festa ao torpor
Me leva onde quer que for
Me diz, cínica, que é amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário