sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dia

No horizonte da visão
Desanuvia-se a manhã
Virgem dia
Madura vida

No zênite da divisão
A matina velha morre
Dando à sua luz
Tarde em modorra

Na boca gulosa da noite
A tarde suicida-se lenta
Alimentando a escuridão
Com suas muitas luzes

Um comentário:

Beatriz disse...

Este "Dia" primoroso começou como Mattina (Ungaretti): M'illumino d'immenso.
A noite promete e a cada dia sua escrita alimenta mais e mais e com ela aprendo.