Naquela esquina, você sempre dobra
À direita, e eu, na calçada estreita
Sigo atrás. Mas hoje, foi a tarde
Que dobrou dourada,
Quente de promessas
E eu, ali, sem você, fiquei parada
Na quina de um tormento.
Eu era boneca de pano,
Sem recheio, toda errada,
Porque na rua onde você tudo acha,
Não achei nada
Agora, a noite, que espreguiça
Na ponta crescente da lua,
Vai cair na encruzilhada,
E proteger amantes
Até amanhã cedo
E eu aqui, sem nenhum dinheiro,
Fria de medo,
Com pressa pra lhe fazer um agrado,
Não me acho,
Não sei se fico,
Nem se parto,
Ou se ainda sou a mulher
Que você, para sempre,
Quis sua, só por um dia

2 comentários:
Olá!
Quantas coisas acontecem numa ao dobrar uma esquina!
Adorei o blog.
Até
Putz!
Amei!!
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