terça-feira, 24 de março de 2009

Teimosas

Céleres palavras
Cavalgam barulhentas
Reverberando agudas e graves
Pelos labirintos inconclusos

Passeiam sem sentido
À procura, de liame
Bóiam, flutuam quebradas
E vazias de significado
Confundem,
Destroçam versos
De quebra-cabeça insolúvel

Forçam o parto que não se dá
E corcoveiam chucras, indomáveis
No útero das idéias inacabadas,
Embolam-se e não se tocam
Sem junção, à deriva
De rimas disjuntas

Insistem, essas caprichosas
Na função fantasmagórica
De assustarem o falso autor
Em sua teima de poema e prosa.


©Marcos Pontes e Beatriz Mecozzi Moura
MyFreeCopyright.com Registered & Protected

Nenhum comentário: