quarta-feira, 25 de março de 2009

Viagem

Move-se preso ao cais
Num vai e vem infindo
Balanço que não nina.
Gira o globo em seu redor
E, como tudo, é centro,
Borda e periferia
Do universo em voltas.
Não para o cais que segura
Nem as marolas que agitam.
Na proa, marujo por vezes atento,
Noutras, sonolento passageiro;
Após a popa
Marés percorridas ainda vivas
E outras mortas nas lembranças.
Segue a nau singrando águas
Abertas por quilhas como navalhas
- ilusão de nave estanque –
Deixando rastro olvidável,
Horizonte que não chega à vista.

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