Entre nimbos e estrelas
Vagueiam soltas caravelas
Quimeras barcas fantasmas
No caminho iluminado
Pelos lumes piscantes astrais
Espectros nítidos à luz
Dançam ao som de ninfas
As flores mudas e fadas
Sobre as cabeças e ombros
Que carregam Atlas nas costas
À guiza de sombra
Goza de cara assustada
A luz que guia os mortos.
Fala alto em sussurro
Aos ouvidos moucos
Roucos grunhidos perdidos
Presente e passado passeiam
Ante os olhos e por trás
Escondendo-se nas vontades,
Absortas em choros,
Gargalhando às escuras
No assombro da vida,
Estrada perdida no éter.
©Marcos Pontes

2 comentários:
Nossa!Se todos os fantasmas fossem belos e alucinantemente sonoros, envolventes assim, eu viveria enfeitiçada sem culpa. Poema ópio. De fazer voar, floanar, andar na pata de um gato e adormecer deitada na ponta inferior da lua !
O poema vem avassalando o leitor´lá do começo e ao final o solta no éter. Poesia de mestre!
Gosto do concretismo, embora seja meu calo qdo me atrevo a peregrinar por suas aguas.
Acho q dizer q gostei seria redundancia neh? rss
É isso aí.
Em tempo, n vá pelo blog q o blogger te dicerionara ok?
Vale é esse endereço:
http://www.instantes.blogger.com.br/index.html
Postar um comentário