terça-feira, 2 de junho de 2009

A Foice

Na sombra paralela

Ela caminha soturna

Lépida, silenciosa

E corta pronto

 

Aguardada

Desejada e alívio;

Surpresa,

Dor e lágrimas.

Não seleciona,

Como enxurrada

Arrasta a todos

Cedo ou mais cedo

 

Tudo se resume ao segundo

Ao instante final

Onde cessa a dor e o riso

O suor e a saliva

O sonho e a vida

Tudo para, mesmo os olhos

Só os pelos persistem

O que foi nada deixa

 

O cubículo e as cinzas

O suspiro e a quietude

O choro e as rezas

O tempo e o sempre

A presença e o nada

O depois incerto

O talvez do talvez

Nenhum comentário: