O raio divide o azul
Que se acinzenta num repente
Plúmbeo firmamento úmido
Que se desfaz
Os tambores de Poseidon
Ecoam em prédios e nuvens
Labirinto luminoso que desce
Driblando as gotas
Éolo esvazia os pulmões
Levantando saias e telhas
Arremessa o pássaro em novo rumo
Nada mais voa
Despenca e corre em rios
A sujeira do ar
Pinga líquida e lava o solo
Encharcado e feliz
©Marcos Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário