domingo, 3 de janeiro de 2010

Noite Fechada

 

Na concha da mão

Faço uma lagoa

Na falta da lagoa mesma

 

Da bunda brilhante do vaga-lume

Faço Lua cheia e amarela

Na ausência amarela da Lua

 

Crio minha noite de Lua cheia

E miro no reflexo dela em minha lagoa

Refletindo amarela no teto escuro

 

O teto negro vira firmamento

Com Lua de bunda de pirilampo

Clareando o soturno quarto cerrado

 

 

 

©Marcos Pontes

Um comentário:

Beatriz disse...

Com você as noites são sempre esplêndidas!