segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Entrocamento

A interseção de vida e desejo
É como encontro de ares.
O frio e o quente se chocam
E nascem raios, ruídos e tempestades
Ciclone arrasta sonhos
Enxurrada leva o sossego
De pernas ao alto ficam os dias

Gritos nascem do quase nada
Regelam os músculos cardíacos
à Espera da volta do verão

Não fosse o tanto de amor como pilastra
A casa construída ruiria
Ficariam escombros sobre os corpos
Balançantes nas vagas incertas

A reboque do sol
Veio a estação da luz
De mãos dadas bicurcamo-nos
E a nova casa se ergue sólida

Um comentário:

Beatriz disse...

A casa é sólida. A realidade é toda ela.