- concha acústica para o silêncio-
a madrugada ampla traz
frio e eco
você penetra
aquece
minha respiração insone
Vigoroso
depois do sonho
você me atrai para fora
do sono
demarca o lago
assopra poesia
Esquece
a morte do cisne
Semblante frágil
disfarça o pulso viril
enlaça meu colo
cerca nossas bocas
todo meu corpo
oscila neste canto
- poema e cama -
calmo e vago
louco e vasto
som e abrigo
armadilha absoluta
atônita recebo sua gula
- toda, tanta e tonta -
esfola e imola meus orgãos
gruta
fértil de anjos
varados de prazer
seus ossos de homem
contra os meus
de súbito recuam do ato
- Quer me ver?!
nesse hiato penetra
claridade de céu
que lhe ofereço
desta face
a dúvida
Nós?! Dois
sorrisos lights
desatamos línguas
deslindamos versos
Mal rompe a manhã
lutamos corpo a corpo
com as sobras
das palavras
refazemos
encantos desfeitos
Você, poeta, risca
na brisa edifica
o projeto
Aprendiz, construo
lentamente
solto o tema na carne
sorvo o ponto
Todo o tempo
no seu corpo
há muito tempo
Um comentário:
fiqei pensando aqi se:
versos longos desaceleram o ritmo?
Postar um comentário