A tarde invadiu a noite,
Quando partiu um pássaro
O mar bateu no ventre.
Sob a ponta do salto preso
Ao medo de tropeçar no ar
Quase fugiu um chão afoito.
Trêmulo, o coração flertava
Com um presságio:
Coágulo desgarrado da razão
Alerta que filtrou com força
O destino frágil
Agarrou a vida e esvaziou a morte
Na maré vazada que trouxe
Palmas altas nas águas das promessas,
Doces, flores e milagres de volta à casa.
7 comentários:
B, achei boa. Senti um tiquinho de desleixo com as figuras, que me soam lugar-comum às vezes. A segunda estrofe é boa, tá amarradinha. E, em sonoridade, fico com o "alerta que filtrou com força o destino frágil". Isso é um acerto, poeta.
Beijó!
Na histeria do dia
Meu coração banhado
Em doce de melancolia
Mostra meus lábios marcados
De um lado o fado
Na fronte, olhos pesados
Glória dos amantes
Pesar faltante.
CD, chegadas e partidas. Sempre assim. Se uma porta se fecha, abre - se uma janela, né? Doces flores e cores sempre a vocês.
Bjobjo
Que maravilha Diva! Saborear este teu poema. Beijos
Eu gostei bastante, Béa. Algumas imagens me fugiram, confesso, mas gosto muito do tom e de alguns versos, principalmente "quando partiu o pássaro / o maro bateu no ventre". Beijos, querida, e muita arte!
é muito bom lê-la!
rsrsrs... tropeço no ar!
Oi, CD!
Saudade.
Agarrar a vida. Não é mesmo isto o que chamamos viver? O tempo todo por um triz. A vida, um milagre...
beijo!
Quem está destinado a viver, tropeça por vezes no ar,mas sempre volta. Teu poema me inspira a voar.
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