quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Arrebol


A cortina acena leve
Vela a tarde que perdura
Nos sinais vermelhos.
É vela e leva
Tédio e medo de uma esquina,
A toca de toda minha história
Que se desterra

Faço contas. Conto-me
Coisas desta terra
Tórrida de lembranças.
Desconto dúvidas,
Pago dívidas,
Deixo o corte.

Destravo-me
Desta vida aberta sob o cinza
Céu rasgado por tuas mãos
Na minha pele lisa

É despedida em riste
Arrebatada do papel sem uso
Onde escorrem idéias em fuga
- Plenas de azul, meu léu -
Arrebentam a moldura frágil
Ponta deste adeus crispado

Fortes, na vaga da minha felicidade,
Navegam meus gatos
Nas caixas, livros e quadros
Rumo ao sertão, seu sol
Minha morada real

2 comentários:

Anônimo disse...

A despedida é apenas nova chegada e quando se quer chegar, a chegada é promissora. Bem vinda!

Anônimo disse...

...Tédio e medo de uma esquina,
A toca de toda minha história
Que se desterra...

...Pago dívidas,
Deixo o corte...

...Destravo-me
Desta vida aberta sob o cinza
Céu rasgado por tuas mãos
Na minha pele lisa...

...É despedida
Onde escorrem idéias em fuga
- Plenas de azul, meu léu -

...na vaga da minha felicidade,
Navegam meus gatos
caixas, livros e quadros...

Qutas lembranças, qtas despedidas, qtos encontros; q koisa boa ter essas histórias pra contar!
Cedzinha, fkei emocionado com seu arsenal metralhado assim... qta coragem! O encontro promete.

Mille,para los dois