sábado, 14 de março de 2009

Fauno Caravela



Delícia recíproca crua
Ela lhe pede
- Conheça-me!

Clarins! E os estares são quases.
Ela no plano do ainda ser
E ele já é tão ela

Comunhão sem se saberem

Ela pressente enigmas,
Vestais envoltas em véus-cílios
Sob o vão do seu olhar vasto

Viola minha intimidade que desvelo a sua,
Fauno insone, a galope,
Anuncia tempestades e flecha a calmaria,
Saltando sobre seus amores vícios

Ampla, a voz dele
É flauta de atravessar vigília,
Acossar sentimento.
Fala fleuma de espirrar vácuos,
Cavalgar gemidos

Fauno - Caravela, leva-me,
vestida num parangolé,
Na sua vela sem leveza?

Da sua loucura, viajem sem meta,
Quero seu float e flash no esquecimento,
Partida com sabor doce-amargo de aventura
Fresta de fuga sem fiasco



Imagem, a partir de, Luiz Fernando Guimarães veste PARANGOLÉ CAPA 23, M’Why Ke, Nova Iorque, 1972



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