segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Entreato



Entre a tua solidão e a minha
A noite avança contra o céu
No grande silêncio aberto
Entre o teu sono e a minha vigília.

Nosso devaneio treme
Entre nossas retinas insones
Arranhadas pelo sereno.

Buscam-se nos parques, praças
Onde minha infância e a tua se encontram
Nas folhas de uma avenca,
Verde, efêmera delicadeza do alpendre
De ontem.

E nosso destino sonha de frente
Para o pôr-do-sol
Entre a minha serenidade e a tua pressa.

A brisa desfaz a bruma que embrulha nosso presente

7 comentários:

Anônimo disse...

belo!

esse o olhar sobre elos...


bom dia! poetisa das coisas sutis.

Anônimo disse...

Muito bonito moçã! Caminhar juntos em tempos diferentes. Grande beijo e sucesso!

Anônimo disse...

Muito bonito moça! Caminhar juntos em tempos deiferentes. Grande beijo e sucesso!

Anônimo disse...

A partida é um recomeço e alguns recomeços podem ser tão bons ou melhores que o passado. Sem maiores pretensões, apenas desejando a felicidade completa.

Anônimo disse...

Entre o ato, desatamos...cordão umbilical no espaço cideral...
ficam as energias do (per)espirito, que vagueiam pelas nossas praças passadas todas e rodas...
lindo...pra lá de...
bj

Anônimo disse...

Bela reflexão sobre os ciclos e o tempo. Coisa de poeta madura.

Anônimo disse...

O que eu sempre digo: C.D. é a mestra...minha poesia mudou depois que te conheci. É certo que ainda estou verdinha...mas chego lá. Bjos Diva minha.